26/03/2024
Por causa da previsão de chuvas fortes em todo o Rio de Janeiro até domingo, a terceira edição do Clean Up Bay — Dia de Limpeza da Baía de Guanabara, que aconteceria no sábado (23) em 13 praias de todo o estado, foi adiada. Uma nova data será anunciada em breve. A ação deste fim de semana teria como mote o Dia Mundial da Água, celebrado nesta sexta-feira.
Atualmente, a baía recebe diariamente cerca de cem toneladas de lixo, segundo levantamento da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe). A iniciativa tem duas fases, coleta e triagem, e o material recolhido pelos voluntários passa por classificação, registro e pesagem.
A atividade é organizada pela Rede de Conservação Águas da Guanabara (Redagua), integrada pelos projetos Coral Vivo, Guapiaçu, Meros do Brasil e Uçá, patrocinados pela Petrobras, por meio do Programa Petrobras Socioambiental.
— A participação nas ações de limpeza costeira é uma resposta à pergunta frequente: “O que posso fazer pela Baía de Guanabara?”. O descarte inadequado de resíduos é um dos principais impactos na bacia hidrográfica. Juntos, os projetos da Redagua convocam voluntários, poder público e sociedade civil organizada para criar um dia de limpeza, pois, ao agirmos localmente, causamos impacto global. Estamos juntos nisso. Individualmente, cada um pode fazer a diferença e, juntos, temos o poder de ver a baía limpa e ser parte da mudança — explica a oceanógrafa Andie Maral, consultora da Redagua.
Desde 2022, mais de 2,5 toneladas de resíduos foram coletadas durante o evento, contando com a participação de mais de 446 voluntários em apenas duas horas de coleta a cada etapa.
— Esta iniciativa de conscientização se complementa com nossas campanhas regulares de limpeza durante o período de defeso do caranguejo-uçá, conhecidas como Operação LimpaOca, proporcionando não apenas uma baía mais limpa, mas também uma fonte adicional de renda para os povos tradicionais que dependem dela. A ONG Guardiões do Mar já alcançou a impressionante marca de 63 toneladas de lixo retiradas de 50 hectares deste ecossistema. Os impactos são tangíveis tanto no âmbito social quanto econômico, promovendo mudanças positivas de curto e longo prazos — explica Juliana Assis, bióloga marinha e coordenadora de pesquisa do Projeto Uçá.
De acordo com os organizadores da ação os resíduos plásticos têm sido a maior parte do montante coletado em edições anteriores, representando uma séria ameaça à biodiversidade, à saúde humana e à economia local.
Fonte: O Globo
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