26/03/2024
Uma ferramenta de previsibilidade climática com capacidade de mostrar tendências do clima em uma escala de décadas à frente está sendo desenvolvida pela Universidade Federal Fluminense (UFF), em parceria com a Engie Brasil Energia, no escopo do Programa da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel); e a Fundação Euclides da Cunha (FEC). Denominada de Projeto Tupã, a iniciativa tem como objetivo desenvolver uma ferramenta tecnológica capaz de integrar dados climáticos do passado, do presente e do futuro, oferecendo uma nova perspectiva na previsão de eventos climáticos e suas variações.
A UFF destaca que a falta de longas séries históricas de dados climáticos representa um desafio significativo na previsão. No Brasil, por exemplo, os registros raramente ultrapassam 80 anos.
— O Projeto Tupã destaca a capacidade de nossa instituição de contribuir significativamente para o avanço da ciência climática e enfatiza nosso papel ativo na busca por soluções sustentáveis para os desafios globais — ressalta o reitor Antonio Claudio Lucas da Nóbrega.
De acordo com a coordenadora do projeto, a professora Ana Luiza Spadano Albuquerque, do Departamento de Geologia e Geofísica da UFF, o objetivo do Tupã é criar um software avançado que permita aos técnicos da Engie buscar e integrar uma vasta gama de dados climáticos. Esta ferramenta oferecerá análises detalhadas para fundamentar decisões estratégicas sobre o clima de regiões específicas do país, contribuindo para garantir maior segurança no planejamento de recursos e na gestão de riscos associados às mudanças climáticas.
— Estamos construindo uma ferramenta para que o operador possa observar as tendências climáticas considerando largas escalas temporais. Ou seja, em vez de observar os padrões de precipitação em um bacia nos últimos 50 anos, ele pode observar as tendências da variabilidade da precipitação nos últimos 21 mil anos, verificar essas mesmas tendências com medidas instrumentais que cobrem algumas dezenas de anos e também simular o futuro com base nas saídas de modelos numéricos. O software Tupã conjuga todas essas informações e, com isso, aumenta muito a capacidade de tomada de decisões — explica Ana Luiza.
Segundo a coordenação, o projeto encontra-se na etapa final de interpretação das variabilidades climáticas regionais, aplicando as ferramentas analíticas desenvolvidas para produzir diagnósticos que auxiliarão a Engie na tomada de decisões relacionadas à produção de energia. A previsão é que seja concluído em junho deste ano.
— Essa ferramenta vai ajudar os operadores de energia a entender a probabilidade de ocorrerem secas ou excesso de chuva prolongadas em determinadas regiões. Por exemplo, se o governo decide construir uma hidrelétrica, o software ajuda a predizer com base no passado, no presente e no futuro a probabilidade de a água estar disponível naquela região para a geração de energia. O mesmo vale para a energia eólica — completa a professora Ana Luiza.
Fonte: Extra
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