
08/05/2025
Em meio ao desafio global do descarte de plástico, uma iniciativa inovadora no interior do Paraná tem ganhado destaque por transformar garrafas PET em uma solução ambientalmente inteligente. A Fluvimar, fábrica de embarcações, reaproveita toneladas de garrafas PET por ano como sistema de flutuação para barcos.
Enquanto o mundo produz mais de 460 milhões de toneladas de plástico anualmente — com apenas 9% sendo reciclado, segundo dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) —, a empresa paranaense mostra que é possível ir na contramão desse cenário. Pioneira no uso das garrafas PET para flutuação, a Fluvimar adota essa prática sustentável há mais de duas décadas.
“Antes do ESG virar moda, a gente já olhava para o meio ambiente com responsabilidade. O uso das PETs veio lá atrás, como uma alternativa eficiente, econômica e ambientalmente correta. Hoje, a gente utiliza cerca de 3 toneladas por ano de garrafas PET só para a flutuação das embarcações”, afirma Raquel Oliveira, CEO da Fluvimar.
O funcionamento do sistema é tão simples quanto eficaz. As garrafas recicladas são armazenadas dentro de compartimentos estanques nos cascos das embarcações, o que garante estabilidade e segurança, além de impedir que toneladas de plástico sejam descartadas de forma inadequada. “A PET cria uma câmara de ar super leve e resistente. Não fura, não vaza e ainda ajuda a reduzir o uso de isopor, que é muito mais agressivo ao meio ambiente”, explica Raquel.
As garrafas PET reutilizadas são a sustentação de diversos tipos de embarcações e estruturas flutuantes. “Essas garrafas formam a base de vários modelos que a gente fabrica, desde plataformas e decks sobre a água até barcos de pesca, embarcações de transporte em rios, balsas menores e até flutuadores laterais de barcos de apoio”, detalha a executiva.
Além do uso das PETs, a empresa também investe em outra prática sustentável: a captação da água da chuva. Toda a água utilizada para lavar os barracões, testar os barcos e realizar a limpeza final das embarcações vem de reservatórios próprios. “É mais uma forma de reduzir o impacto ambiental e fazer a nossa parte”, destaca.
A adoção de práticas ESG tem se tornado cada vez mais estratégica, inclusive no setor náutico. Entre os consumidores brasileiros, a preocupação com a sustentabilidade também cresce. Um levantamento da EY, realizado em 2024, apontou que 60% dos brasileiros consideram a compra e o comportamento sustentável como princípios de vida, e 73% estão mudando para alternativas mais conscientes nos produtos que consomem.
“Hoje, o cliente quer mais do que um barco bonito ou robusto. Ele quer saber qual é a história por trás, como ele foi feito, qual o impacto que aquela compra está gerando. Esse olhar ambiental faz diferença, e pra nós isso sempre foi natural”, afirma Raquel.
Fonte: CicloVivo

Vítimas do homem: jaguatirica baleada, mico-leão-dourado paraplégico e fragatas cortadas por cerol estão em centro de reabilitação
08/05/2025
Evento no RJ debate geração distribuída de energia limpa
08/05/2025
´Nosso lema é deixar o lugar por onde passou melhor do que encontrou´, diz Legendários; vídeo mostra lixo do grupo em área de proteção ambiental
08/05/2025
Aluna produz copo com cascas de pinhão em Curitiba
08/05/2025
Garrafas PET viram flutuadores de barcos no PR
08/05/2025
Portaria regulamenta pesca do tubarão-azul, espécie quase ameaçada de extinção, e revolta ambientalistas
08/05/2025